Ensaio de Tração à Temperatura Ambiente
O ensaio de tração avalia as propriedades de tensão de materiais metálicos à temperatura ambiente. Os resultados obtidos são: tensão de escoamento, resistência à tração, alongamento total e redução da área transversal do corpo de prova.
Normas: ASTM E8; ISO 6892
Ensaio de Tração à Alta Temperatura
O ensaio de tração à alta temperatura possui os mesmos princípios que o ensaio de tração à temperatura ambiente e fornece os mesmos resultados, porém o material é submetido à temperaturas elevadas. É uma importante ferramenta para balizar parâmetros de ensaios de fluência, onde os materiais estão submetidos à altas temperaturas por longos períodos de tempo, tal como em caldeiras ou fornos.
Norma: ASTM E21
Ensaio de Tração em Altas Taxas de Deformação
O MIB desenvolveu uma nova tecnologia de ensaios de tração em altas taxas de deformação como uma alternativa à tradicional Barra de Hopkinson. O objetivo é de determinar a curva tensão-deformação para taxas de deformação elevadas, fornecendo parâmetros para softwares computacionais de simulação de crash tests.
Ensaio de Impacto Charpy
O ensaio de impacto Charpy é utilizado para determinar a tenacidade do material, dada pela energia absorvida pelo mesmo até se romper. A energia é fornecida por martelos padronizados. O teste ainda pode ser efetuado em temperaturas diversas.
Norma: ASTM E23
Ensaio de Pressão por Cunha
O ensaio de pressão por cunha visa estimar o limite de resistência à tração de ferros fundidos cinzentos sem elementos de liga.
Norma: ABNT NBR 4889
Ensaio de Dureza Rockwell
No ensaio de dureza Rockwell a dureza é obtida através da diferença de profundidade resultante da aplicação de uma pré-carga, seguida por outra de maior intensidade. É possível determinar a dureza Rockwell A, B, C, D, E, F, G, H e K. Este ensaio é amplamente utilizado no controle de qualidade de metais.
Norma: ASTM E18
Ensaio de Dureza Brinell
No ensaio de dureza Brinell aplica-se uma carga utilizando um penetrador esférico de carbeto de tungstênio (WC) e mede-se a dureza em função do diâmetro da calota formada. Os diâmetros das esferas de WC podem ser de 1; 2,5; 5; e 10mm.
Norma: ASTM E10
Ensaio de Microdureza Vickers
O ensaio de microdureza Vickers determina a dureza de microconstituintes através das médias das diagonais formadas na penetração. O penetrador utilizado neste ensaio é uma pirâmide de diamante de base quadrada. Adicionalmente, é possível obter a profundidade de camadas tratadas por meio de um perfil de microdureza.
Norma: ASTM E384
Determinação de Razão de Poisson
A razão de Poisson é uma propriedade intrínseca do material que mede a deformação transversal em relação à longitudinal de um material homogêneo e isotrópico. O material é submetido a um ensaio de tração monitorando-se a variação dimensional da seção transversal e o comprimento do corpo de prova.
Norma: ASTM E132
Determinação do Módulo de Elasticidade
Neste ensaio, aplica-se uma força uniaxial ao corpo de prova e mede-se os valores de tensão e deformação. O módulo de elasticidade é então calculado por meio da inclinação inicial da curva tensão-deformação. O resultado obtido é empregado em cálculos de rigidez de estruturas.
Norma: ASTM E111
Determinação de Anisotropia Média e Planar
Na determinação da anisotropia média e planar, um ensaio de tração mede a razão de deformação plástica (r) de uma chapa metálica utilizada para operações de estampagem profunda.
Normas: ASTM E517; ISO 10113; ISO 10275
Determinação de Coeficiente e Expoente de Encruamento
A norma de referência estabelece um método para a obtenção do expoente de encruamento (n) utilizando dados obtidos em um teste de tração. As amostras devem possuir espessura entre 0,13mm e 6,40mm.
Norma: ASTM E646
Ensaio de Flexão
O ensaio de flexão é utilizado para determinar propriedades de resistência à flexão, módulo de elasticidade, tenacidade, resiliência e ainda construir curvas de tensão x deformação. É comumente realizado em materiais como ferro fundido cinzento, aços ferramenta e carbonetos sinterizados. Adicionalmente, é empregado para avaliar a resistência de implantes ortopédicos de aço inoxidável ou ligas de titânio.
Norma: ASTM C1161
Determinação de Tensões Residuais pelo Método do Furo Cego
O ensaio determina as tensões residuais próximas a superfície de materiais isotrópicos linearmente elásticos. Apesar da simplicidade, as tensões no material não devem variar significantemente com a profundidade e não devem exceder metade da tensão de escoamento do material.
Norma: ASTM E837
Ensaio de Fadiga de Alto Ciclo
O ensaio de fadiga de alto ciclo determina a resistência à fadiga por controle de tensão axial de materiais metálicos. Os corpos de prova, entalhados ou não, são submetidos a uma amplitude de tensão constante à temperatura ambiente. Os resultados são apresentados numa curva S-N (tensão-número de ciclos). Ainda podem ser realizados ensaio de fadiga por flexão 3-pontos, 4-pontos, cantilever.
Normas: ASTM E466; ASTM E468
Ensaio de Fadiga de Baixo Ciclo
Este ensaio determina propriedades de fadiga em materiais homogêneos ao serem submetidos à tensões uniaxiais, com amplitude controlada. O teste é comumente utilizado para processos de controle de qualidade, análise de falha, projeto mecânico e pesquisa.
Norma: ASTM E606
Ensaio de Fadiga por Flexão Rotativa
Este ensaio consiste em submeter um corpo de prova à solicitações de flexão, enquanto o mesmo é girado em torno de um eixo, por um sistema motriz com contagiros, numa rotação determinada e constante. Os resultados são apresentados numa curvas S-N (tensão-número de ciclos).
Norma: ASTM E466
Ensaio de Propagação de Trinca por Fadiga
Este ensaio determina a taxa de propagação de trincas. Os resultados são apresentados em gráficos de taxa de deformação em função da variação do fator de intensidade de tensão na ponta da trinca, definido pela teoria da mecânica da fratura elástica linear.
Norma: ASTM E647
Ensaio de Fadiga Termomecânica em Fase e Fora de Fase
Ensaios de fadiga termomecânica combinam um ciclo mecânico e um ciclo térmico simultaneamente. Este tipo de ensaio visa simular situações práticas, tal como as encontradas em discos de freio (na frenagem) e em motores (no aquecimento e resfriamento). Os ensaios podem ser realizados em-fase, onde a máxima deformação mecânica coincide com máxima temperatura do ciclo, ou fora-de-fase, onde a máxima deformação mecânica coincide com a mínima temperatura do ciclo.
Norma: ASTM E2368
Ensaio de CTOD
O ensaio de CTOD (Crack Tip Opening Displacement) tem por objetivo determinar propriedades de tenacidade à fratura de materiais metálicos e é especialmente apropriado para materiais que apresentam comportamento de transição dútil-frágil com o decréscimo da temperatura.
Normas: ASTM E1290, ASTM E1820
Ensaio de Tenacidade à Fratura
A norma de referência estabelece um procedimento para o ensaio que determina a tenacidade à fratura em deformação plana (KIC) a partir de corpos de prova trincados por fadiga com no mínimo 1,6mm de espessura.
Normas: ASTM E399; ASTM E1820
Ensaio de Fluência
O ensaio de fluência visa simular situações de solicitação mecânica em altas temperaturas por longos períodos de tempos, como em caldeiras, vasos de pressão, elementos estruturais de fornos e motores. A determinação da resistência à fluência é dependente do tempo que a amostra leva para se romper.
Norma: ASTM E139
Ensaio de Pull-Out e Shear Rivet
Os ensaios de pull-out (arrancamento) e shear rivet (cisalhamento) são amplamente empregados pelas indústrias automotiva e aeronáutica para avaliar a resistência mecânica e capacidade de absorção de energia de juntas soldadas a ponto e rebitadas.
Ensaio de Resistência à Adesão de Camada Aspergida
Este ensaio compara forças adesivas e coesivas, aplicando tensões normais à superfície do substrato e revestimentos produzidos por aspersão térmica. É um teste amplamente utilizado para controle de qualidade e P&D de camadas aspergidas, a fim de melhorar a adesão e integridade da camada.
Norma: ASTM C633
Ensaio de Cisalhamento de Camada Aspergida
Este ensaio determina a resistência ao cisalhamento de revestimentos termicamente aspergidos.
Norma: DIN EN 15340
Ensaio de Dobramento
Este ensaio é amplamente utilizado na qualificação de juntas soldadas.
Norma: ASME IX
Determinação de Perfil de Tensões Residuais pela Técnica de Flexibilidade ao Entalhe
A determinação de perfil de tensões residuais pela técnica de flexibilidade ao entalhe pode ser empregada em chapas soldadas onde é necessário ter uma estimativa da magnitude das tensões residuais presentes no material. Nesta técnica, um entalhe de aresta feito por eletro-erosão a fio é introduzido em um corpo de prova retangular da junta a ser avaliada. À medida que o entalhe é introduzido, a relaxação de tensões provocada resulta em uma deformação do corpo de prova que é medida por meio de um extensômetro colado na face oposta. Em seguida, os valores de deformação são convertidos para tensão, utilizando-se conceitos de Mecânica da Fratura, em uma rotina computacional especialmente criada pelo MIB para tal finalidade.
Análise de Teor de Inclusões
O ensaio determina o teor de inclusões não metálicas em aços. A classificação do teor de inclusões é feita por um método comparativo, baseado na morfologia, e não na natureza química.
Normas: ASTM E45; ISO 4967; ABNT NBR NM 88
Determinação de Tamanho de Grão
O ensaio determina o tamanho médio de grão em amostras por meio do método comparativo. O procedimento consiste em comparar uma amostra em um microscópio metalográfico com uma ampliação específica através de quadros fornecidos pela norma, ou ainda o uso de lentes que possibilitam a comparação direta ao projetar o desenho na micrografia.
Normas: ASTM E112; ISO 643
Determinação do Grau de Bandeamento ou Orientação Microestrutural
O bandeamento é uma condição microestrutural que apresenta bandas alternadas com diferentes microestruturas, paralelas à direção de laminação, que se desenvolve nos produtos de aço (em especial em aços baixo carbono). A determinação qualitativa e quantitativa do grau de bandeamento ou orientação da microestrutura é realizada por meio da análise morfológica juntamente a ensaios de microdureza.
Normas: ASTM E1268; ASTM E407
Ensaio de Sensitização de Aço Inox
Este ensaio determina o grau de susceptibilidade de aços inoxidáveis austeníticos à corrosão intergranular. O ensaio é realizado em uma amostra polida, seguido de um ataque eletrolítico em solução de ácido oxálico, visando a detecção de precipitação de carbetos de cromo e fase sigma nos aços. A amostra é analisada em microscópio óptico.
Norma: ASTM A262
Classificação de Grafita em Ferro Fundido
Este ensaio classifica o tipo, a distribuição e o tamanho da grafita em ferros fundidos. O ensaio é aplicado para todas as ligas Fe-C contendo partículas de grafita e também para ferro fundido cinzento, ferro fundido nodular e aço maleável.
Norma: ASTM A247
Análise de Descarbonetação Superficial
A análise de descarbonetação superficial determina a profundidade de descarbonetação em aços, através do microscópio óptico ou perfil de microdureza.
Normas: ABNT NBR 11299; ASTM E384; ASTM 1077
Ensaio de Desgaste por Abrasão Tipo Pino-sobre-disco
Este ensaio avalia o comportamento de materiais na condição de desgaste abrasivo pino-sobre-disco. Os materiais são testados aos pares, sendo possível determinar a influência dos diversos parâmetros nas razões de desgaste para várias combinações de materiais entre pino e disco. Adicionalmente, é possível realizar análises para determinação do lubrificante mais adequado a uma determinada situação de atrito. O ensaio pode ser feito em materiais metálicos, cerâmicos, poliméricos e compósitos.
Norma: ASTM G99
Ensaio de Desgaste por Abrasão Tipo Roda de Borracha
Este ensaio avalia a resistência à abrasão de materiais e revestimentos contra desgastes, no qual um disco de aço envolvido com um anel de borracha gira em contato com a superfície do corpo de prova, contendo um abrasivo na interface (fluxo de ar com areia de granulometria controlada). O ensaio pode ser realizado a seco ou a úmido e o desgaste é avaliado pela perda de massa ou perda de volume, dependendo dos materiais que estão sendo comparados.
Normas: ASTM G65; ASTM G105
Ensaio de Desgaste por Fadiga de Contato
Este ensaio determina o desgaste decorrente do contato entre superfícies sólidas e duras. O ensaio impõe tensões Hertzianas de contato às amostras. Exemplos deste tipo de situação são encontradas em contatos do tipo roda-trilho, no qual o dano surge por meio de trincas nucleadas superficialmente ou sub-superficialmente que removem sucessivas lascas de material, resultando em perda de massa.
Ensaio de Desgaste por Tamboreamento
O ensaio de tamboreamento consiste de um ensaio de desgaste onde os corpos de prova são dispostos circunferencialmente em um tambor entrando em contato com um meio abrasivo. Os ensaios podem ser realizados em materiais originais, modificados superficialmente e/ou após ciclos pré-definidos, a fim de avaliar a resistência ao desgaste das superfícies de interesse.
Método: SSAB
Ensaio de Impacto Repetitivo
Este ensaio avalia o comportamento de materiais metálicos na condição de impacto repetitivo. O ensaio simula condições de perda de massa por impacto repetitivo, tal como em martelos britadores ou facas de moagem. O resultado é avaliado pela perda de massa ou perda de volume.
Referência: POMIB 5.4-107
Ensaio de Desgaste por Moagem
Este ensaio é realizado em amostras de formato esférico que são colocadas dentro de um moinho contendo um meio abrasivo/corrosivo. Em intervalos de tempo pré-programados, calcula-se a perda de massa do material para que sua resistência ao desgaste possa ser determinada posteriormente.
Ensaio de Oxidação Cíclica
O ensaio de oxidação cíclica é realizado para avaliar a resistência do material à variação cíclica de temperatura. É uma versão mais agressiva do ensaio isotérmico pois pode favorecer o destacamento de camadas de óxidos superficiais nos metais.
Ensaio de Corrosão à Quente
Este ensaio é conduzido sob a presença de sais na superfície do material. A presença de sais de baixo ponto de fusão pode acelerar o processo de difusão atômica, favorecendo um incremento da taxa de oxidação do material.
Ensaio de Corrosão sob Tensão
O ensaio de corrosão sob tensão avalia a degradação do material sob sinérgica interação de um ambiente corrosivo, de tensões de tração e de materiais suscetíveis, além do tempo para que o fenômeno ocorra. A temperatura de operação também é um fator que contribui de maneira significativa para a corrosão sob tensão.
Normas: ASTM G123, ASTM G36; ASTM G49; ASTM G39
Ensaio de Sensitização de Aço Inox
Este ensaio determina o grau de susceptibilidade de aços inoxidáveis austeníticos à corrosão intergranular. O ensaio é realizado em uma amostra polida, seguido de um ataque eletrolítico em solução de ácido oxálico, visando a detecção de precipitação de carbetos de cromo e fase sigma nos aços. A amostra é analisada em microscópio óptico.
Norma: ASTM A262